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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Lua enluarada

O meu rosto pranteado pela paixão
Sentiu rolar uma lágrima de dor,
E sob a luz prateada do luar
Te vi partindo sem se quer me avisar.

Vejo-te seguindo numa estrada infinita
Onde você se perde diante do meu olhar
No meu peito o coração geme e se agita
Dolorido, angustiado e roxo de chorar.

O teu nome em desespero eu proclamo
Minha boca ainda diz; volte eu ti amo!.
Mas você longe não pode me ouvir.

A separação é matadeira e cruel
A saudade voraz não me deixa esquecer
Daquela noite enluarada que você me renegou.

      *José Aparecido Botacini*

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Alma

"Minha alma tem uma vasta área virgem, na qual penetrarei experimentalmente. Só descobrirei o caminho certo para ela, depois que errar por muitos desvios."

Texto profundo, não?
Na verdade, sempre é algo profundo falar sobre a alma, terreno para alguns, proibido.
Com certeza, o tema me fascina.
O quanto eu ainda não me conheço?
Há tanto tempo, ando à margem de mim mesma, experimentando variedades de sentimentos, os quais me confundem, às vezes, me deixando em grande conflito...
Dentro da minha alma encontro vários caminhos.
Eu os sinto, os percebo, os vejo.
Qual o correto a percorrer?


Só descobrirei depois que percorrer a todos, como em um labirinto, procurando por respostas.
Errarei, mas por fim, meus erros trarão os acertos necessários para que eu jamais me desvie.
Não posso ter medo, pois o medo me paralisará.
Se isso acontecer, nada farei de concreto.
Por isso, serei ousada, serei corajosa.
Que desafio mais doce é o de encontrar a mim mesma em uma esquina qualquer de uma rua da minha alma
*Carl  Jung*

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Canção de ninar



Canção de ninar meu bem

Hoje a lua despiu seu véu

E flutua a dormir no céu
Na canção que de mim nasceu
Meu amado adormeceu
Meu amado adormeceu

Dorme, meu amor

Como no céu a lua
Tu serás sempre meu
E eu só tua

Dorme, amigo, que a poesia

É um mistério que não tem fim

Dorme em calma

Que assim, um dia
Dormirás para sempre em mim
Dormirás para sempre em mim

            *Vinicius de Moraes*

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O Silêncio

É fácil trocar as palavras
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Dificil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
   Fernando Pessoa