que cresce sozinha no campo ?
Quem vê seus espinhos
brotarem tatuando sua carne ?
Acaso há espanto
quando desfolhada a rosa geme ?
Quem conhece seu silêncio orvalhado ?
Quem teme tocar sua pele com cuidado
sem a aspereza das mãos ?
Quem já ouviu as batidas
do seu coração?
Se o cravo brigou com a rosa
em desalento
não foi essa a razão
de seu desfalecimento
Não é o cravo seu algoz
é quem não lhe reconhece a voz
Úrsula Avner
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