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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Angelica

Jamais compreenderei de fato
A dor que te vai no peito
Coração magoado pela seta do destino
Irremediavelmente dilacerado,
Destroçado, sentindo a dor indelével,
A incomparável dor de se perder uma filha querida!...
Lágrimas amargas transfiguradas em cristalinas pérolas
Vitalizam-se de teu sofrimento ímpar!...
Ah, não sei dessa dor,

M
as sinto-a, sinceramente,
Aqui dentro, em meu coração, e por isso
Rascunho estes tristes versos
Querendo aliviar, lenitivamente, o teu sofrer!
Um dia não precisaremos mais morrer.
Eternos, seremos eternos!
Saudade nunca mais! Tristeza, nunca mais!

D
or! Não haverá mais dor
E embriagar-no-emos com o eterno frescor das primaveras!

A
h! Mas enquanto este dia não chega
Resta-nos aceitar as linhas tortas escritas por Deus!
Ainda que nos doa, Ele sempre quer nosso bem.
Últimos, sim estes são os últimos dias!...
Já sinto a força da aurora resplendente de um novo tempo
O tempo em que terás todo o tempo do mundo para ninar tua filha!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

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