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sábado, 12 de novembro de 2011

Soneto

Oh, partir pela noite enluarada
No puro anseio de chegar lá onde
A minha doce e dugitiva amada
Na madrugada, trêmula, se esconde...

Oh, sentir palpitar em cada fronde
O amor, oculto; e ouvir a voz velada
Da íltima estrela que do céu responde
Numa cintilaçao inesperada

Oh, cruzar pela solidão, viver soturnas
Magias, e entre lacrimas noturnas
Ver o tempo passar, hora por hora

Para o instante em que, isenta de desejo
Ela despertará sob o meu beijo
Enquanto a treva se desfaz lá fora...
 [  Vinicius de Moraes]


Um comentário:

  1. "Soneto"...
    Vinícius de Moraes, é tudo de bom nesse sábado morno: versos lindos, * *poema perfeito...
    Ótima postagem, obrigada.)
    Beijo da Mery*

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