Seguidores

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Luiz de Miranda

Ó amores quebrados
nos desvãos da alma!
Como batem os seus sinos
alumbrando a noite,
farol de hinos.
Partimos, partimos,
desesperados pelos caminhos,
sozinhos, sozinhos,
sem a pálida estrela sa manhã.
Na angústia vegetal
dos abismos da aurora,
ouvindo o resonar da pedra,
alicerço o nosso canto.

Sozinhos, sozinhos,
inauguramos o ar desolado
que bate nas árvores,
florindo os alpendres da sombra,
a fulgir ó abandonado,
no aro da estrada
para que a palavra
estenda seu varal de luz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário