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sábado, 13 de outubro de 2012

Pétala do coração

Nuvens não me impedirão de desbravar caminhos interditados,
Atalhos secundários,
Mastigando lamentos...

Paredes não me calarão enquanto o meu grito puder
Sinalizar a vida que habita no coração recortado...
O teu soluço fez-se treva em minha alma...
Naufraguei na sonolência desnorteada,
Buscando o sentido no perdido vazio
Inutilmente em pranto inconsolável...
Os teus acordes desafinaram o gorjeio dos pássaros
Que carregavam um pouco do desejo de romper atrocidades...
Espanto na ousadia em perseguir o amor em luta...

Como ousas imaginar o sol em agonia,
Gestos simulados com o sabor de perversidade?
Como ousas apagar nossas sombras impressas nas estrelas
Diluídas em poemas famintos?
Descobertas sonhadas...

Descubro no tempo a cilada da vigília que nos abate...
Tropeçamos na escuridão e nos ferimos...
Deixa-me enxugar esta solidão que esfarrapou
A escuta aberta...
Deixa-me apagar esse ódio que nos circunda em súplica,
Aflito por não nos ter contaminado em armadilhas...
Melodias plagiadas sem noção da intensidade-transparência...
Deixa-me percorrer os trilhos que nos levarão
A colher pétalas soltas, em metades,
Regressando em sintonia no mistério que nos pede ternura! 



Resom

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